sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pela redução da jornada de trabalho


Enquanto a maioria dos colegas de Salvador permanece na apatia, resumindo-se apenas a reclamar da federação e dos sindicatos a ela coligados, os colegas de Florianópolis arregaçam as mangas e vão à luta. Engana-se quem imagina que eles brigam pelos mesmos pontos de reivindicação de todos os anos. É claro que ganho real relevante, pagamento da PLR, reclassificação, entre outros estão na ordem do dia. Porém, o carro-chefe das reivindicações é a jornada de 6h diárias (30h semanais). Este item, constante da pauta de reivindicações entregue à empresa e recusada em mesa, conseguiu uma adesão extraordinária, motivando também os trabalhadores do Rio de Janeiro, que já estavam mobilizados, a brigar pela mesma reivindicação.

Para pressionar a empresa a discutir a jornada de 30h semanais, os colegas de Florianópolis decidiram, em assembleia, fazer paralisações de 2h, no formato de uma jornada única de 6h. Isso pode mostrar à empresa que é possível reduzir a carga horária sem perder a produtividade. No entanto, o SERPRO atropelou a Lei de Greve e aplicou advertência severa aos que aderiram ao movimento. Há relatos de que alguns chefes ameaçaram os trabalhadores com o não recebimento de promoção por mérito este ano. Mais uma postura arbitrária dos gestores da empresa. Isso é assédio moral e não pode ser tolerado. O jurídico do sindicato de SC já está tomando as devidas providências.

Em solidariedade aos colegas de Florianópolis, foi aprovada em assembleia realizada ontem, em Salvador, o envio de nota de repúdio. No blog da OLT, já foi publicada uma nota de apoio aos colegas. Além disso, a assembleia decidiu aderir ao movimento pela jornada de 30h semanais e realizar paralisação de 2h, no formato de uma jornada única de 6h, no dia da próxima mesa de negociação.

Contamos com a participação de todos.

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