Abaixo,
transcrevemos o relato sucinto feito pela representante do
SINDADOS/BA na audiência de conciliação ocorrida em 27 de maio de
2014, na Procuradoria Geral do Trabalho, para tratar da participação
dos sindicatos excluídos da negociação do Acordo Coletivo pela
FENADADOS e pelas empresas SERPRO e DATAPREV. Salientamos que essa
mediação também foi possível graças à Petição Pública
assinada pelos empregados das empresas.
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Quando a audiência começou, de pronto, o SERPRO
solicitou adiamento, utilizando a ausência da FENADADOS como
justificativa. Os procuradores recusaram o pedido entendendo que o
requerimento de mediação solicitado pelos sindicatos excluídos do
processo negocial foi para as empresas SERPRO e DATAPREV – esta
última não pôde comparecer.
No decorrer da audiência de conciliação, a
representação da empresa, através da SUPGP e de seus advogados,
tentaram o tempo todo desqualificar a posição dos sindicatos,
ressaltando a FENADADOS como única representante legal. No entanto,
essa teoria foi rebatida pela assessoria dos sindicatos e até mesmo
pelos procuradores, que não entendiam o por quê de a empresa se
furtar a negociar com os sindicatos dissidentes.
No decorrer das retóricas, a empresa mudou sua
posição, reafirmando naquele momento que não teria nada contra em
negociar com a federação e com os sindicatos, desde que houvesse um
único Acordo Coletivo, já que a empresa é de âmbito nacional e
possui um único quadro de carreira nacional. Nós afirmamos
reconhecer que a empresa tem ACT único e que nossa reivindicação
está nas pautas, sendo estas, sim, diferentes da pauta entregue pela
federação; portanto, a empresa precisa considerá-las. Apesar de
reconhecer as representações, a empresa afirmou que as questões
politicas deveriam ser resolvidas entre as diversas representações.
Todos sabem que, nesse aspecto, estamos sempre tentando participar
das negociações e a intransigência não é nossa. O procurador,
inclusive, lembrou a empresa que algumas categorias, insatisfeitas
com posturas de dirigentes sindicais, formaram oposições, como
correios, petroleiros, garis, rodoviários e aeroviários.
"A realidade não é fácil para ninguém",
"É necessário observar as diferenças", "O que vale
é o exercício da negociação": estas foram algumas das tantas
falas dos procuradores na tentativa de já nessa mediação buscar o
consenso, o diálogo e a abertura da negociação entre as partes.
Os prepostos do SERPRO afirmaram ainda,
registrando na primeira versão da Ata, sobre reunião de negociação,
que agendada para 30 de maio, na sede da federação, não faziam
objeção à presença dos sindicatos dissidentes na mesa.
Infelizmente, não mantiveram a palavra e, mais uma vez, fomos
impedidos de entrar na sala onde acontecia a reunião. Haja
contradição! O representante da SUPGP, inclusive, foi muito
ríspido, autoritário e deselegante, estando o tempo todo de costas
para nós.
Os procuradores agendaram nova audiência para hoje, 04
de junho, às 14h, solicitando aos sindicatos dissidentes que levem
as suas pautas de reivindicações. Temos a esperança de que nessa
próxima audiência, diante de todas as representações, das
empresas SERPRO e DATAPREV, além dos procuradores, possamos de fato
e por direito, defender nossa pauta de reivindicação, atendendo as
expectativas e os anseios dos trabalhadores das duas empresas que nos
confiam o direito em defendê-los, conforme deliberação das
assembleias e a Petição Pública em curso e protocolada no MPT/DF.
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