Reproduzimos aqui trechos de um artigo interessante publicado no caderno Vida No Trabalho do portal UOL, com base em uma pesquisa que indica que 60% dos brasileiros estão insatisfeitos com sua chefia. A ampla pesquisa ouviu mais de 10.000 trabalhadores em todo o país, que descreveram seus chefes, na maioria dos casos, como "bipolares, autoritários, inseguros ou enroladores".
Talvez não por acaso o Serpro não adote a modalidade de avaliação 360 graus no GDES, fazendo com que os chefes também sejam expostos à avaliação de seus subordinados. Isso não nos impede de fazer um exercício de avaliação, ainda que para reflexão própria.
Destacamos o seguinte trecho da matéria publicada, para auxiliar na sua avaliação:
Talvez não por acaso o Serpro não adote a modalidade de avaliação 360 graus no GDES, fazendo com que os chefes também sejam expostos à avaliação de seus subordinados. Isso não nos impede de fazer um exercício de avaliação, ainda que para reflexão própria.
Destacamos o seguinte trecho da matéria publicada, para auxiliar na sua avaliação:
Clara Linhares, professora da Fundação Dom Cabral com experiência em desenvolvimento gerencial e de pessoal, afirma que o tipo mais comum de chefe incompetente é o que não tem preparo para gerenciar. "O chefe não precisa ter conhecimento de tudo, ele precisa liderar a equipe", diz.
Edilberto Camalionte, sócio da empresa de treinamento corporativo Atingire, concorda que o profissional que não sabe chefiar é facilmente encontrado no mercado. "A pessoa tem um bom desempenho técnico e vira chefe por isso, mas é um péssimo gestor. Não sabe delegar, resolver conflitos, dar feedback". Para ele, esses casos são consequência da falta de visão da empresa, que não sabe identificar se o bom funcionário tem perfil para o cargo de liderança.
Outro tipo comum de chefe incompetente é aquele que não conhece o trabalho e não tem qualidades para gerir pessoas, mas foi promovido por ter boas relações pessoais. "A colocação dele como chefe pode ser porque ele é amigo ou parente de alguém", fala Beto Ribeiro, autor do livro "Eu Odeio Meu Chefe" (Universo dos Livros).
Mau exemplo
Um chefe incompetente não atrapalha apenas o humor do funcionário. Ele pode desestabilizar uma equipe e afastar bons profissionais e, com isso, trazer prejuízos à empresa.
Clara Linhares afirma que, quando o líder é ruim, a equipe fica desmotivada e trabalha menos. O chefe incapaz abafa os talentos dos seus funcionários por insegurança. "Ele pode dificultar o crescimento dos profissionais, não permitindo que as pessoas se desenvolvam para que elas não se sobressaiam diante dele".
Esse profissional pode criar climas ruins no ambiente de trabalho por não saber liderar. Ele pode cometer injustiças e tratar funcionários de formas distintas, jogando as pessoas umas contra as outras, ou assumir um papel autoritário e agressivo, fazendo com que as pessoas fiquem com medo.
"Quando um funcionário se sente ameaçado, fica paralisado e começa a pensar em como fazer para sair daquela empresa. E esse mal-estar contagia a todos", fala Edilberto.
Outra consequência ruim é fazer com que se crie a impressão de que, para crescer naquela empresa, é preciso agir da mesma forma que seu mau gestor. "O funcionário começa a pensar que, se aquela pessoa é chefe, para chegar a um cargo de chefia ela deve ser igual a ele", diz Edilberto.
A reportagem termina concluindo que o melhor a fazer quando se está insatisfeito com o próprio chefe é mudar de empresa. Claro que esta lógica é inerente ao mercado privado, onde a condição de chefia é muitas vezes mais estável que o emprego do subordinado. Na empresa pública essa questão se inverte, não é lícito esperar que o empregado abra mão de seu direito adquirido mediante concurso público, e essa lógica poderia dar margem a conformações ideológicas do corpo funcional, ou seja, o expurgo dos "indesejáveis", na visão dos chefes, claro.
A solução para nós é outra, e deve ser embasada nos princípios que regem a administração pública, principalmente impessoalidade e eficiência. Neste sentido, uma avaliação crítica do desempenho das chefias deveria levar a um programa consistente e efetivo - ou seja, praticado - de capacitação gerencial, a fim de que a posição de chefia seja exercida com competência adequada. Caso essa condição não seja atendida, que se aplique o critério da impessoalidade para promoção dos capazes, e não dos amigos, a cargos de confiança. Além disso, um cargo de chefia, seja ele de confiança ou não, não deve ser vitalício. Se o desempenho da chefia não está agradando ao cliente, à equipe e/ou à mais alta hierarquia direta, esse posto deve ser revisto.
Clique AQUI para acessar a íntegra do artigo publicado.
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